A milícia do grupo xiita Hisbolá cometeu graves violações do direito internacional humanitário com seus ataques deliberados contra a população civil israelense durante o recente conflito no Oriente Médio, afirmou hoje a Anistia Internacional (AI).
Em relatório divulgado em sua sede em Londres, a organização humanitária acredita ser necessário que a ONU comece uma investigação exaustiva e imparcial sobre as violações cometidas. Segundo a AI, durante os 34 dias de conflito, o Hisbolá lançou cerca de 4 mil foguetes contra o norte de Israel, o que matou 43 civis e deixou 33 gravemente feridos, enquanto outras milhares de pessoas tiveram que buscar abrigo.
Aproximadamente 25% dos foguetes foram disparados contra regiões urbanas e alguns tinham milhares de fragmentos de metal, acrescenta o relatório, intitulado "Na linha de fogo: os ataques do Hisbolá contra o norte de Israel".
"A escala dos ataques do Hisbolá contra cidades e povoados israelenses, o caráter indiscriminado das armas utilizadas e as declarações dos dirigentes do grupo confirmando sua intenção de atacar civis deixam perfeitamente claro que o Hisbolá violou as leis da guerra", afirma a secretária-geral da AI, Irene Khan, no texto divulgado pela ONG.
"O fato de Israel também ter cometido violações graves não justifica as cometidas pelo Hisbolá. A população civil não deve pagar o preço da conduta ilegítima de nenhuma das duas partes", acrescenta.
O relatório se baseia na investigação feita pela AI nos terrenos de Israel e Líbano, em entrevistas a vítimas, declarações oficiais e conversas com autoridades dos Governos dos dois países e com altos dirigentes da milícia xiita.
Um comentário:
parabéns pelo bog. voltarei mais vezes.
um abraço,
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