segunda-feira, 28 de agosto de 2006

A Alma do Hezbollah


Felipe Raskin Cardon
10/ago/06

Venho acompanhando com atenção as notícias sobre a guerra entre Hezbollah e Israel, antes mesmo de ela, de fato, começar. Leio detidamente as matérias da editoria internacional dos principais jornais de Porto Alegre, ouço os boletins dos enviados especiais ao Oriente Médio e faço pesquisas na internet sobre esse tema; pois só dessa maneira é possível formar uma opinião sem ser influenciado por algum jornalista menos avisado ou não saber algum acontecimento importante que, por interesses econômicos ou políticos, são omitidos, em determinado canal de comunicação.

Antes de mais nada, vamos entender o que é o Hezbollah: uma milícia armada, de cunho político e social, com representantes no parlamento libanês, que tem por objetivo promover atividades assistenciais ao povo do Líbano – como instituições de ensino, em que os estudantes aprendem sob cartilhas que contém textos que expressam a sua ideologia -, com recursos providos pelo Irã e pela Síria. Em alguns locais daquele país - principalmente em Beirute, a sua capital -, é o Hezbollah que realiza a segurança pública, fazendo as vezes de polícia militar libanesa, mas jamais seus ativistas usam uniforme, caracterizando crime de guerra. Sendo assim, ativistas do Hezbollah, por se imiscuírem nas entranhas da polícia e da política libanesa, denotam esse grupo como um estado paralelo daquele país; a exemplo do Comando Vermelho, na Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, vemos que a guerra não é entre Israel e Líbano, mas entre aquele país e Hezbollah.

Percebemos, então, que o exército israelense não visa a destruir o Líbano, mas sim capitular a milícia armada chamada Hezbollah, que está infiltrada no Líbano. É uma pena que as milhares de vítimas feitas por Israel sejam, em grande parte, civis libaneses que repudiam a ação do Hezbollah. A destruição de cidades, estradas, portos e hospitais, libaneses se deve ao fato de que os ativistas dessa organização se homiziam em prédios públicos de grande circulação para agirem e planejarem seus estratagemas, justamente porque Israel tem como meta, invariavelmente, os guerrilheiros que atacam seu território. Com isso, se há um ataque a algum restaurante, danceteria ou ônibus de Israel, o serviço de inteligência israelense localiza o assassino e o lugar onde ele estiver é bombardeado, o que resulta em vítimas que nada têm a ver com a ideologia desse grupo.

A propósito, por que a imprensa do Brasil, via de regra, transmite as informações dessa guerra sob o prisma dos libaneses? Será por interesses econômicos, em relação ao petróleo do qual os países árabes são detentores?

domingo, 27 de agosto de 2006

Intolerância


Como dialogar com seu "vizinho" que, além de não reconhecer sua existência, declaradamente prega seu extermínio?
A bandeira do grupo terrorista Hesbolá expressa o único propósito deste grupo: o de "riscar Israel do mapa".
Você ficaria inerte se o seu vizinho atirasse em sua casa, tentasse matar ou sequëstrar seus filhos, ensinasse às crianças que você é assassino e que toda sua família deve ser "apagada"?
O que esperar de um povo que usa moças jovens "hereges", que por não serem mais virgens, "não servem" mais para a sociedade, usando-as como suicidas-bomba, cachorros como "cães-bomba", e, o pior, crianças indefesas que, por míseros U$4.oo, rumam em direção aos militares israelenses para então explodir o cinturão-bomba?

O que dizer de um povo que não valoriza a vida de seus semelhantes irmãos em virtude do ideário da "resistência"?
Como podem, desta maneira, sentar-se à mesa para negociar uma paz. Palavra esta que, provavelmente, não consta em seu dicionário.


O livro "O livreiro de Cabul" bem expressa a mentalidade doentia, que alfabetiza suas crianças através de exemplos de raiva contra Israel e de indução prematura ao conflito bélico. Tudo gira em torno das armas, bombas, fuzis, ódio e intolerância.
Eles ainda têm a capacidade de condenar o "imperialismo americano". Que absurdo! Nos últimos 150 anos, quem cresceu mais? O território americano ou a população muçulmana? O verdadeiro imperialismo é o do Islã. Alguém tem dúvida? A nova ordem é tentar converter o maior número de pessoas para as teorias do profeta Maomé. Quem ousar recusar este "convite" é considerado publicamente um "inimigo."


Por outro lado, nos últimos 100 anos, os judeus produziram um sem-número de avanços tecnológicos nos mais diversos campos do conhecimento. Os beneficiados, meus amigos, são, na grande maioria, não-judeus. Inegavelmente o mundo todo se beneficiou com a vacina contra paralisia infantil, com o computador, internet, as teorias de Einstein e com os avanços em direção à cura do câncer.

Líder do Hezbolá se diz arrependido por guerra

O líder do grupo terrorista xiita Hezbolá, Hassan Nasrallah, disse que não teria ordenado a captura de dois soldados israelenses no dia 12 de julho, se imaginasse que a ação levaria à guerra no Líbano.

"Não achamos que havia sequer 1% de chance de que a captura levaria a uma guerra desta escala e magnitude", disse Nasrallah, em entrevista a uma TV libanesa.
"Agora você me pergunta: se hoje fosse 11 de julho (véspera da ação) e houvesse 1% de chance de que o sequestro levaria a uma guerra como a que ocorreu, você iria em frente com o sequestro? Não, definitivamente não, por razões humanas, morais, sociais, de segurança, militares e políticas", ele afirmou.

Cerca de 1,1 mil libaneses morreram nos 34 dias de conflito, que deixou grande parte do sul do Líbano em ruínas. Os ataques foram uma resposta à ação do Hezbolá, que pensava trocar os soldados em cativeiro por presos políticos árabes mantidos em centros de detenção israelenses.
Nasrallah disse que "nem eu, o Hezbollah, os detidos em prisões israelenses ou suas famílias teríamos aceitado (a guerra)".
As declarações foram feitas no contexto de grande pressão para que se examine o conflito, que suscitou reações fortes na comunidade internacional.

sábado, 26 de agosto de 2006

Militares israelenses acreditam em novo conflito com o Hisbolá


Segundo os militares, o reatamento das hostilidades pode ser causado pelo fato de a Síria e o Irã, aproveitando o cessar-fogo conseguido pelo Conselho de Segurança da ONU, em vigor há uma semana, retomarem a entrega de armas ao Hisbolá. A resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que permitiu o cessar-fogo entre Israel e o Hisbolá, estabelece um embargo de armas para a milícia libanesa, mas não criou nenhum mecanismo para colocá-lo em prática.
Um dos oficiais citados pelo "Ha''aretz" disse que Israel "se verá forçado" a lançar ataques aéreos contra caminhões que cruzam a fronteira entre Síria e Líbano com armas e foguetes para a milícia do Partido de Deus, que se nega a desarmar-se, segundo o estipulado pela resolução do Conselho de Segurança para o cessar-fogo.

Síria ameaça o Líbano


A ameaça síria de fechar sua fronteira com o Líbano, caso a Força Interina das Nações Unidas (Finul) fique estacionada nesse local, pode ser o golpe de misericórdia no país, que se veria sem o acesso por terra ao mundo árabe. Antiga potência ocupante do Líbano até abril de 2005, a Síria é suspeita de ter entregue, ilegalmente, armas ao Hezbollah xiita, através de sua fronteira. o presidente da Síria, Bachar al-Assad, se pronunciou contra o envio de uma força de paz reforçada, considerando o gesto um ato "hostil".

Cerca de 30 caminhões libaneses estão na fronteira sem poder fazer os trâmites necessários para entrar no país vizinho. Esta medida acontece depois que as autoridades de Damasco anunciaram a suspensão do fornecimento de energia elétrica ao Líbano.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

George Bush deseja derrotar "ideologia" islâmica


O presidente dos Estados Unidos pediu à comunidade internacional que se una no Oriente Médio contra a "ideologia" islâmica, por meio de uma rápida retirada da ONU do Líbano e de possíveis sanções contra o Irã. "O interessante em relação à violência no Líbano, Iraque e Gaza é que ela envolve grupos terroristas que tentam conter os avanços da democracia. Cabe à comunidade internacional entender essa ameaça", disse Bush em entrevista coletiva.


Bush citou aquele país entre "as ameaças e desafios que o mundo enfrenta neste século XXI". Frente à situação no Oriente Médio, o presidente americano disse estar convencido de que a comunidade internacional enfrenta uma "ideologia", referindo-se aos radicais muçulmanos, e que "a única forma de derrotá-la a longo prazo é mediante outra ideologia, com um governo que responda à vontade do povo".

sábado, 19 de agosto de 2006

Ataques de Israel tiveram todo cuidado


Ataques de Israel tiveram todo cuidado para não destruir os sítios arqueológicos no Líbano.

Os bombardeios israelenses sobre Baalbeck e Tiro não causaram dano algum em sítios arqueológicos das cidades do leste e do sul do Líbano, afirmou a Direção Geral de Antiguidades do país árabe. Em Sidon, Castelo de Beaufort e Tiro, no sul do Líbano, "não foi constatado nenhum dano no patrimônio", afirmou Husseini. Tiro possui um hipódromo romano e um porto fenício.

"Hesbolá recebe dinheiro da Argentina"


A afirmação foi feita por um dos líderes do grupo xiita, que ainda criticou a decisão do Governo Kirchner de participar da força de paz da ONU que será postada no sul do Líbano.
O Hisbolá recebe "muito dinheiro" do Irã, como afirmam os Estados Unidos, mas também "de todos os países onde há muçulmanos", afirmou Muafak Jammal em entrevista publicada pelo jornal "La Nación". "No caso da Argentina, o dinheiro chega de libaneses, não necessariamente dos muçulmanos, mas também de cristãos que são comprometidos o Líbano".

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Netanyahu compara Ahmadinejad a Hitler


O líder da oposição israelense e ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que "não existe pior inimigo do povo judeu desde Hitler que (o presidente iraniano, Mahmoud) Ahmadinejad".

O político israelense qualificou a atuação do presidente iraniano - fornecendo armas à guerrilha xiita libanesa e defendendo a destruição do Estado judeu - como uma das "maiores ameaças existenciais" que Israel enfrenta.

Netanyahu também pronunciou palavras para louvar a determinação e coragem dos soldados israelenses, estimando sua "coragem, atuação ética e disposição ao sacrifício, inclusive para salvar seus camaradas", e reconheceu o trabalho dos serviços de emergência e equipes de bombeiros durante a crise.
O chefe da oposição expressou sua admiração pela determinação da população do norte do país - zona bombardeada pela guerrilha libanesa - e do sul - ameaçada pelas milícias palestinas de Gaza -, que "sem queixar-se suportaram os sacrifícios diários, mas pediram às autoridades que terminem o trabalho".

Hezbolá rompe cessar-fogo e ataca tropas de Israel


O grupo xiita libanês Hezbolá disparou uma dezena de foguetes na madrugada desta terça-feira (na noite desta segunda-feira, de acordo com o horário de Brasília) contra posições ocupadas pelo Exército israelense no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo decretado na manhã de segunda-feira, informou um porta-voz militar israelense.

Estes foram os primeiros foguetes disparados desde a entrada em vigor, às 8h desta segunda-feira (2h no horário de Brasília), do cessar-fogo entre Israel e a milícia do Hezbolá. O porta-voz não informou se os foguetes deixaram vítimas ou danos, mas destacou que o Exército israelense não respondeu ao ataque, apesar da ação violar a trégua.

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Israel e Hezbollah respeitam cessar-fogo no Líbano


Entrou em vigor nesta segunda-feira um cessar-fogo no Líbano entre o grupo Hezbollah e Israel, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando o cessar-fogo foi iniciado, às 2h de Brasília, Israel disse que continuaria a manter um bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano e que suas tropas somente responderiam se fossem atacadas.
O líder do Hezbollah, xeque Hassam Nasrallah, prometeu no fim de semana que seus militantes respeitariam o cessar-fogo.
Israel diz que suas tropas permanecerão no Líbano até que uma força internacional de paz tome o controle da região, o que poderia levar semanas.
Mas, ainda não se falou no principal fato para a paz perdurar: o desarmamento do Hesbollah. Deixar este grupo terrorista equipado com foguetes, além de outras armas menores, é apenas "tapar o sol com a peneira".

sábado, 12 de agosto de 2006

Peres: Resolução da ONU é uma vitória de Israel


A resolução 1701 "justifica as operações de Israel e diz que o Hisbolá atacou primeiro; exige a devolução incondicional dos dois soldados israelenses que capturou; cria uma zona desmilitarizada no sul do Líbano e na zona de fronteira, sob controle de 15 mil soldados libaneses e 15 mil da ONU. São vitórias de primeira grandeza para Israel", segundo Shimon Peres.

Israel planeja interromper as operações de ofensiva no Líbano à 1h da madrugada de segunda-feira (horário de Brasília), mas continuará combatendo o Hezbolá em áreas onde o Exército está atuando. A resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas na sexta-feira pelo "fim total das hostilidades" autoriza 15 mil homens da ONU a se deslocar à região para se fazer cumprir o cessar-fogo. A resolução também determina que o Hezbolá acabe com todos os ataques e que Israel paralise "as operações militares".

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

George Bush compara Islã ao Fascismo


Bush usou o termo ao se referir a um complô para explodir aviões, que a Grã-Bretanha anunciou ter desbaratado na quinta-feira. Autoridades norte-americanas dizem que o plano tem características da Al Qaeda. Bush e outros membros do governo usaram variações do termo "islamo-fascismo" em várias ocasiões para descrever grupos como a Al Qaeda e o Hizbollah.
Há alguns anos, Bush já havia incomodado os muçulmanos ao chamar sua guerra ao terrorismo de "cruzada", palavra que conota uma batalha cristã contra o Islã.

Guerra não altera rotina de Tel Aviv


A cidade de Tel Aviv fica localizada a 220 quilômetros do Líbano, mas a um mundo de distância dos combates travados ali entre Israel e o Hizbollah. Até agora ele esteve livre dos ataques com foguete realizados diariamente pelo grupo contra o norte israelense. As praias e restaurantes de Tel Aviv estão lotados. Muitos moradores do norte do país buscaram refúgio na cidade, aumentando o faturamento dos estabelecimentos locais.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

ONG acusa Hizbollah de crimes de guerra



Em relatório divulgado no último fim de semana, a ONG americana Human Rights Watch acusa o grupo Hizbollah de cometer crime de guerra ao lançar foguetes contra áreas civis de Israel, exortando-o a "parar imediatamente".
"Lançar foguetes cegamente contra áreas civis é sem dúvida crime de guerra", diz Kenneth Roth, diretor-executivo da ONG. "Nada pode justificar essa agressão aos princípios mais fundamentais de poupar os civis dos danos de guerras."Segundo a organização, apesar de o grupo terrorista alegar que vários de seus ataques têm como alvo bases militares, "a maioria parece ter sido direcionada a áreas civis e acertou hospitais, escolas, casas".
No relatório, "O Hizbollah deve parar os ataques a civis", a organização diz que o norte de Israel, com 1 milhão de habitantes. Segundo a ONG, o grupo já disparou 2.500 foguetes. Alguns deles, diz, têm milhares de bolas de metal em seu interior, que explodem para todos os lados ao atingir o alvo, com o objetivo de "provocar o máximo de dano possível". A organização reporta ainda ataques a diversas instituições médicas. "Atacar [hospitais] deliberadamente é um crime de guerra."

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Extremismo


Com tamanha ira e raiva é difícil pensar em "diálogo". Quando um dos lados, neste caso o Hesbolá, não reconhece o adversário e tem como objetivo principal sua aniquilação, esgota-se a esperança de sentar-se para discutir uma solução pacífica e razoável para âmbos.
Um extremismo que dá mais valor à morte do que à vida, à guerra do que à paz, ao ódio do que ao amor, às armas do que aos livros, não pode chegar a lugar algum, a não ser ao caos.
Crianças crescem e são educadas para o combate. Ao invés de receberem aulas de música ou dança, têm instruções de "ordem unida" e de armamento, munição e tiro. São alfabetizadas com exemplos de frases de ordem e ódio contra Israel e Estados Unidos.
Quando chegam à idade adulta, formam filas de voluntários para morrerem como homens-bomba e irem ao "paraíso" para
serem recebidos por 72 virgens em um banquete.

O mundo árabe continua a rejeitar Israel. Mas um fato é inegável: se os árabes colocarem suas armas de lado amanhã, esta guerra acabará imediatamente. Mas se Israel depuser as suas, será o fim de Israel.

Israel lança panfletos avisando sobre bombardeio


Os moradores de Sidon, ao sul de Beirute, amanheceram hoje com o Exército israelense lançando panfletos sobre a cidade com a recomendação para a população abandoná-la, porque poderia ser bombardeada. "Desta região saem os mísseis dos terroristas. Para sua segurança, você deve abandonar a região e se dirigir rumo ao norte", afirmam os panfletos. Os moradores também são avisados através de "torpedos" recebidos em seus celulares com o mesmo alerta.

Esta é mais uma prova de que o exército israelense não tem a intenção de matar civis, apenas de erradicar o grupo terrorista Hesbolá.
Eis a diferença: alguma vez você ouviu falar em algum HOMEM-BOMBA que avisou aos passageiros de um ônibus antes de detonar seu cinturão bomba? ou aos turistas e freqüentadores de um café ou uma pizzaria antes de mandar tudo para os ares?
Como declarou o premiê Ehud Olmert: "consideramos a morte de qualquer civil inocente como um fracasso, ao passo que o Hesbolá comemora quando qualquer míssil atinge seu alvo em Israel".

sábado, 5 de agosto de 2006

Israel diz que incursão à Tiro foi um sucesso

A ação do exército foi basicamente para neutralizar as lançadeiras de foguetes de longo alcance do grupo xiita Hezbolá. A ação ocorreu com base em diversas informações dos serviços de inteligência israelenses, e tinha como alvo chefes do Hezbolá. Um comando da Marinha israelense disse que os comandos navais chegaram "até os responsáveis das lançadeiras de mísseis de longo alcance disparados contra Israel".

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

O que cada lado quer



HESBOLLAH:

Em última instância, o fim de Israel. A curto prazo, exige a libertação de centenas de prisioneiros libaneses detidos em Israel, muitos deles terroristas do Hesbollah. Também exige a devolução das chamadas Fazendas de Sheeba, um pequeno território que alega ser libanês.

ISRAEL:

Segurança em sua fronteira norte, com o fim dos ataques freqüentes do Hesbollah a suas cidades. Por isso, tenta destruir a infra-estrutura militar da milícia e pode criar uma zona de segurança no sul do Líbano, afastando os extremistas da fronteira. Israel defende seu direito de existência e a integridade de seus cidadãos.

O que você faria se entrassem na sua casa e raptassem os seus filhos, ou atirassem contra sua residência? Ficaria de braços cruzados?

Israel tem direito à legitima defesa, assim como os palestinos têm direito a um Estado independente desde 1947.

Israel pode retirar seu embaixador na Venezuela


O Governo israelense está considerando hoje "todas as opções" sobre a continuidade ou a retirada de seu embaixador na Venezuela, depois de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenar a saída de seu representante em Israel.

França condena declarações de Ahmadinejad contra Israel


O ministro de Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, condenou categoricamente hoje a afirmação do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que voltou a defender a destruição de Israel na reunião da Organização da Conferência Islâmica realizada na Malásia.

Declarações do premiê Ehud Olmert


O premiê israelense declarou ao jornal Jerusalém Post que "Consideramos a morte de qualquer civil inocente no Líbano como um verdadeiro fracasso. O Hezbollah, ao contrário, comemora qualquer míssil que atinge seu alvo em Israel"
Eis uma diferença fundamental: o Hezbollah quer apenas matar civis. Nós queremos apenas matar o Hezbollah", finalizou.

Ehud Olmert, referindo-se ao atual conflito, afirmou que "grande parte da infra-estrutura do Hezbollah" foi destruída pela ofensiva israelense e, em breve, vocês verão que o Hezbollah terá totalmente desaparecido do sul do Líbano para tranquilidade, não só de Israel, mas de todo mundo civilizado".

Palestinos invadem prisão de Jericó e matam seis detentos

Um grupo de cerca de 50 palestinos invadiu hoje a prisão da cidade de Jericó (Cisjordânia), controlada pela Autoridade Nacional Palestina. Acredita-se que os agressores tenham matado presos, porque eram suspeitos de colaborar com Israel.

Israel e seu Exército

O Exército israelense, considerado um dos mais poderosos do mundo devido a sua experiência no campo de batalha e sua capacidade tecnológica, é relativamente pequeno, mas ao mesmo tempo muito versátil e capaz de mobilizar centenas de milhares de reservistas se for necessário. Todos os jovens israelenses têm que servir um período obrigatório de 36 meses após completar 18 anos, enquanto as mulheres têm que servir por 24 meses. Também prestam o serviço militar os membros da minoria drusa e circassiana, e uma parte - estes de forma voluntária - das diversas tribos beduínas. Depois do serviço, todos os israelenses passam para a reserva até por volta dos 40 anos - dependendo da unidade onde servem -, e devem cumprir entre 20 e 30 dias de serviço ativo ao ano, exceto as mulheres. Ficam, no entanto, estes reservistas disponíveis para treinamentos anuais obrigatórios por vários dias, assim como para uma possível circunstância de guerra, na qual são convocados através da "Ordem Militar nº 8".

Esta semana, por exemplo, devido à crise com o Líbano, 15.000 deles começarão a reforçar a segurança no norte de Israel após receber essa convocação de emergência em casa.
Nos últimos anos, a Força Aérea recuperou supremacia em relação às Forças Armadas, como o mostra o fato de que pela primeira vez o chefe do Estado-Maior, Dan Halutz, seja um general da aviação.

A supremacia da Força Aérea também se reflete na aquisição nos últimos anos de 104 unidades de modernos aviões F16I, espinha dorsal da Força Aérea para as próximas duas décadas. Os helicópteros em atividade, um dos meios mais usados no conflito com os palestinos, somam cerca de 200 aparelhos. Finalmente, Israel sustenta toda sua estratégia militar a longo prazo na capacidade de dissuasão de seu arsenal não convencional, outro dos maiores segredos do poderio militar israelense.

Síria promete à Espanha exercer sua influência sobre o Hisbolá



O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, afirmou hoje que os governantes da Síria prometeram exercer sua influência sobre a milícia xiita Hisbolá como parte dos esforços diplomáticos para solucionar a crise no Líbano. Os líderes sírios afirmaram que "vão exercer toda a sua influência sobre o Hisbolá, mas as circunstâncias e o contexto político e militar no Líbano têm que mudar", acrescentou. Segundo Moratinos, a Síria lembrou que o Hisbolá é um grupo autônomo, mas "terá que aceitar a unidade de decisão" do Governo libanês. Os líderes sírios ressaltaram a necessidade de trabalhar por uma paz global na região que inclua os palestinos e os conflitos pendentes de Israel com a Síria, afirmou Moratinos.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Easy Rider Libanês


O primeiro-ministro Libanês, Fouad Siniora, disse claramente que o Hisbolá tem que se desarmar, porque "se transformou em um Estado dentro do Estado", e pediu ajuda à comunidade internacional. O líder druso, Walid Jumblatt, ex-aliado de Damasco, foi ainda mais longe: criticou abertamente o líder do Hisbolá, Hassan Nasrallah, por dizer que o grupo trava uma batalha em nome da Nação Árabe, e afirmou que o Líbano "tem o direito a discutir a decisão, porque a guerra e a paz não são monopólios do Hesbolá". Ele concluiu dizendo que "Não é o momento de discutir quem começou a guerra. O que o Hisbolá deve saber é que por causa de sua ação o país voltou a ser arrasado, esta é a conseqüência que devem analisar".

Cabe ainda salientar que vários líderes libaneses, incluindo o dirigente druso Walid Jumblatt, vincularam o regime xiita do Irã e a Síria, à captura de dois soldados israelenses pelo Hisbolá, o que detonou a atual crise no Oriente Médio, no último dia 12. O dirigente druso foi direto ao afirmar que o Irã foi o país que deu a ordem ao Hisbolá para capturar os dois soldados, e desviar assim a atenção do mundo sobre o caso nuclear.

Mães israelenses apóiam nova guerra no Líbano

Vários membros de um grupo de mães, cuja campanha contra a ocupação de Israel no sul do Líbano ajudou a acelerar a retirada em 2000, classificam a nova ofensiva israelense como necessária para a sobrevivência do Estado Judeu. "Esta é uma guerra sem escolha", disse uma ex-integrante do grupo de paz Quatro Mães, "irá determinar se o Irã controlará o mundo árabe. Irá determinar se nós vamos sobreviver contra o Islã extremista".
Além disso, para 82% dos israelenses, foi "apropriada" a decisão de atacar o Líbano após o seqüestro de dois soldados e a morte de outros três, segundo uma enquete divulgada pelo jornal "Yedioth Ahronoth", o de maior tiragem no país. O apoio chega a 92% restringindo-se a consulta à maioria judaica.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Bush culpa Irã e Hezbolá pela crise no Líbano



George W. Bush voltou a culpar o Irã e o Hezbolá pela crise. "O Hezbolá atacou Israel. Sei que o Hezbolá tem ligações com o Irã, e chegou o momento de o mundo enfrentar esse perigo", disse Bush após uma reunião com o presidente da Romênia, Traian Basescu.

General libanês aconselha Israel a continuar luta contra Hisbolá


O ex-chefe das forças libanesas no sul do país Antoine Lahad, da comunidade cristã, aconselhou Israel a continuar a ofensiva militar contra o Hisbolá, segundo a edição de hoje do jornal israelense "Yedioth Ahronoth".

"A guerra é difícil, mas é proibido recuar, pois, se fizer isso, o preço será muito alto: em cinco ou seis anos o Irã transformará o Líbano em um ''estado khomeinista''", assegurou o militar.

Lahad se referia ao aiatolá Khomeini, o líder religioso que em 1979 fundou a República Islâmica do Irã, cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse há alguns meses que "Israel deve ser riscado do mapa".

"Vocês estão em um conflito com uma organização terrorista que se esconde em casas e florestas, pessoas que conhecem o terreno e por isso costuma surpreender seus soldados", disse Lahad, reformado em maio de 2000, quando Israel se retirou da "faixa de segurança" que controlava no Líbano.

Lahad, que atualmente vive em Tel Aviv, disse ao jornal israelense que os milicianos "usam a população civil, mulheres, crianças e idosos para seus fins, e não vêem problema em transformá-los em escudos humanos".

Mísseis do Hisbolá atingem aldeia palestina


ATENÇÃO:
NUNCA CONFIE EM UM MÍSSIL SÍRIO!
Dois foguetes disparados hoje pela guerrilha xiita libanesa Hisbolá atingiram uma aldeia palestina nos arredores da cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, informou a rádio pública israelense.

Segundo a emissora, os foguetes, de fabricação síria, caíram em uma aldeia palestina ao pé do monte Guilboa.
Trata-se do ataque mais afastado da fronteira entre Israel e Líbano. O míssil chegou a cerca de 70 quilômetros do local de onde aparentemente foi lançado.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Israel acusa Hezbolá de usar civis como escudos


O ministro israelense da Defesa, Amir Peretz declarou que "O movimento xiita libanês esconde foguetes em igrejas e mesquitas". As acusações contra o movimento xiita não são uma novidade, pois o Exército israelense afirma regularmente, desde os anos 80, que os grupos armados palestinos usam civis como escudos. O mesmo aconteceu após o primeiro bombardeio de Qana, em 1996 (há 10 anos), no qual morreram 106 civis. O Hezbolá é um movimento que atua no coração de centros povoados, sabendo perfeitamente que coloca as pessoas em perigo. O general Shuki Shachar, subcomandante da região norte de Israel, compartilha a mesma opinião. "Em certos vilarejos, o Hezbolá impede que a população abandone a área e a usa como escudo", disse. A tudo isto se soma, a possibilidade do partido xiita ter escondidos explosivos no edifício bombardeado de Qana, o que teria agravado tragédia. A organização americana Human Rights Watch (HRW) reconheceu ter constatado locais de lançamento (de foguetes contra Israel) perto de locais habitados.
AFP

Berlim proíbe fotos do líder do Hisbolá em manifestações

As autoridades de Berlim proibiram hoje a exibição em manifestações de fotos do líder do Hisbolá, Hassan Nasrallah. O responsável do Interior de Berlim, o social-democrata Ehrhardt Koerting, justificou a decisão argumentando que o Hisbolá e Nasrallah são favoráveis à destruição de Israel e que o uso deste tipo de símbolo excede o direito à liberdade de expressão.