segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

A relação entre homossexualidade e nazismo


No documentário Homens, heróis, gays nazistas, disponível desde o ano passado em DVD, que o diretor aborda a paradoxal relação entre a homossexualidade e as idéias do radicalismo de direita, cuja estética está cada vez mais presente na cena gay atual.

Andre, ex-ativista skinhead, fala sobre a "cultura da masculinidade" em grupos de extrema direita. Botinas, cabeças raspadas e suspensórios são símbolos de virilidade e radicalismo. Em seu documentário, Von Praunheim tenta não somente mostrar o paradoxo entre a homossexualidade e o neonazismo, mas também que a sexualidade está presente em todos, até mesmo em nazistas.

Entre os casos mais famosos, trazidos por Von Praunheim à tela, estão Ernst Röhm, chefe da SA (Seção de Assalto), a tropa de segurança do partido de Hitler, e Michael Kühnen, líder do proibido FAP (Partido Liberal dos Trabalhadores Alemães).


Uma das explicações para esta “afinidade” é de que os homossexuais eram mais aptos a assumir funções de chefia, já que não tinham família, podendo assim se dedicar completamente à sua causa. Nas teorias de Kühnen, a mulher assumia uma função biológica. Michael Kühnen morreu de aids em 1991, fato negado, assim como sua homossexualidade, pela maioria dos seus seguidores.

Nem Hitler nem Hess escaparam

Em Homens, heróis, gays nazistas, nem o ditador Adolf Hitler e seu vice, Rudolph Hess, escaparam da homossexualidade. Por sua feminilidade, Hess era chamado de "senhorita Hess" por alguns companheiros de partido e só se casou porque Hitler o obrigou, explica o documentário de Rosa von Praunheim.

No livro O Segredo de Hitler, o historiador e professor da Universidade de Bremen Lothar Machtan tenta provar que o ditador era homossexual, usando como argumentos, entre outros, depoimentos de antigos camaradas e o fato de Hitler só ter tido relações com mulheres aos 48 anos.

Sempre houve gays ligados a movimentos de extrema direita, por mais paradoxal que seja esta posição, explica o diretor. Já que, a partir de 1935, os nazistas acirraram ainda mais a perseguição aos homossexuais. Através da fome e trabalhos forçados em campos de concentração, gays eram "reeducados" como heterossexuais.

Perguntado pelo diretor deste documentário sobre o que achava de homossexuais nazistas, o prefeito de Berlim, que é homossexual assumido, declarou no documentário o seguinte: "Nazistas, sejam eles homossexuais ou heterossexuais, eu desconsidero".

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Matisyahu pela primeira vez no Brasil



Matisyahu, compositor e cantor americano vem fazendo sucesso e provocando polêmica com sua mistura de reggae clássico e judaísmo ortodoxo. Atração da primeira noite do festival, Matisyahu acaba de ser indicado ao prêmio Grammy de 2007 na categoria de melhor álbum de reggae, com o CD Youth.
Esta é a primeira vez que o cantor vem ao Brasil e depois de Salvador canta no Rio (dia 29), em Porto Alegre (dia 30 no Pepsi on Stage) e em São Paulo (dia 31). Produzido por um mestre do gênero, Bill Laswell, Youth foi lançado no Brasil em 2006 é o terceiro álbum do cantor em apenas dois anos.

Baseado no reggae tradicional, da escola de Bob Marley, Matisyahu incorpora elementos do folk, do rock e do hip-hop, e interpreta letras pacifistas que têm repercutido muito além da comunidade judaica.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Alemanha quer lei européia contra negação do Holocausto

A Alemanha pretende usar seus seis meses na presidência da União Européia para declarar ilegal a negação do Holocausto em todos os 27 países do bloco.

A ministra alemã da Justiça, Brigitte Zypries, afirmou que gostaria que a negação do Holocausto, já considerada crime por diversos membros do bloco, pudesse ser punida com até três anos de prisão em todos os 27 países da UE. "Sempre dissemos que na Europa não deveria mais ser tolerável afirmar que o Holocausto nunca existiu e que ninguém matou seis milhões de judeus", disse a ministra alemã.

A Alemanha não poderia ter escolhido um momento mais apropriado, considerando a recente formação no Parlamento Europeu do bloco de extrema direita Identidade, Tradição e Soberania, liderado pela italiana Alessandra Mussolini, neta do ditador italiano, e por Jean-Marie le Pen, do francês Partido da Frente Nacional.

O comissário de Justiça e Assuntos Internos da UE, Franco Frattini, pediu apoio imediato à proposta alemã. "Mesmo garantindo a liberdade de expressão, temos que tornar ilegais incitações concretas", explica.

Uma lei contra a negação do Holocausto pode servir como um posicionamento simbólico, mesmo que seja raramente usada", salienta. "Ela teria a importante função simbólica de ressaltar que a sociedade não tolerará o retorno de práticas nazistas de assassínio em massa.

Atualmente, são cinco os países nos quais negar o Holocausto é crime: a Alemanha, a Áustria, a Polônia, a Bélgica e a França.

domingo, 7 de janeiro de 2007

A cantora israelense NOA vem à América Latina



A artista Noa é considerada a maior cantora israelense da atualidade. Entre os dias 17 e 26 de abril de 2007, Noa, o guitarrista Gil Dor e o percussionista Zohar Fresco estarão realizando uma turnê pela América do Sul que incluirá espetáculos em São Paulo, Porto Alegre, Buenos Aires, Santiago e Montevidéu. Noa já produziu vários CDs internacionais, em hebraico, inglês, espanhol e o recém lançado "Tel-Aviv-Napoli", em italiano. Cantou também com músicos consagrados, como Sting, Stevie Wonder e Carlos Santana.

Mahmoud Abbas declara milícia do Hamas ilegal


O anúncio feito em Ramala pode desencadear uma nova onda de violência entre os dois grupos e a população, o que poderia desembocar em uma ameaça de guerra civil, de acordo com observadores palestinos na Faixa de Gaza. As divergências entre o Hamas e o Fatah, de caráter laico, surgiram depois que Arafat reconheceu Israel através dos acordos de Oslo. Os confrontos armados entre os dois grupos, que nos últimos três dias causaram a morte de pelo menos treze milicianos e civis, se intensificaram em Gaza e na Cisjordânia depois que Abbas anunciou, em dezembro, sua intenção de convocar eleições antecipadas.

Ariel Sharon completa 1 ano em coma


Faz um ano que ex-premiê isralense Ariel Sharon, um homem que ficou conhecido como "o trator", está em coma, depois de ter tido um derrame cerebral.Canais de televisão e rádio em Israel estão transmitindo programas especiais a respeito de Sharon e fazendo suposições sobre o que teria acontecido se ele ainda estivesse na ativa.

Ariel Sharon pode estar fora da política atual de Israel, mas ele deixou um legado. Ele fundou o partido político Kadima (Avante), apenas um mês antes de entrar em coma.Ariel Sharon ficou célebre por mudar de direção política. Antes visto como o defensor dos colonos israelenses em terras que os palestinos alegavam ser deles, ele retirou todos os colonos e soldados israelenses da Faixa de Gaza em 2005.

Atualmente Sharon está em uma clínica em Tel Aviv. A lei israelense não permite que as máquinas que mantém o ex-premiê vivo sejam desligadas, mas médicos afirmam que é muito improvável que Sharon volte à consciência.

Software israelense interpreta latidos de cão


O sistema de computador interpreta quando o latido de um cão é um alerta ou apenas um latido comum. A empresa usou computadores para analisar 350 latidos e descobriu que cães de todas as raças latiam o mesmo alarme quando sentiam haver alguma ameaça. Se os cães percebem um invasor ou uma tentativa de passar pela segurança, dezenas de sensores ao redor das instalações recebem o "latido de alarme" e avisam operadores humanos na sala de controle.

Chamado de "Doguard", o sistema Dog Bio Security funciona na prisão de alta segurança de Eshel e em bases militares israelenses, além de reservatórios de água, fazendas, garagens e assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada.

BBB 7 vai usar detector de mentiras israelense


O "Big Brother Brasil" vai usar uma "máquina da verdade" para apimentar sua sétima edição. O detector de mentiras, importado de Israel, ficará acoplado aos microfones. Só os espectadores saberão quando os participantes mentem. Nesta terça-feira, dia 9, estréia o Big Brother Brasil 7 com 16 participantes.