sábado, 21 de outubro de 2006

Autoridade do Hamas chama violência interna de doença


Um importante membro do Hamas publicou um artigo na terça-feira condenando a violência interna e perguntando se ela havia se transformado em uma "doença palestina". Ghazi Hamad disse "a violência transformou-se em uma cultura enraizada em nossos corpos e em nossa carne. Nós nos rendemos a ela, até ela se tornar nossa mestra, e ela é obedecida em todos os lugares — nas casas, nos bairros, nas famílias, nos clãs, nas facções e nas universidades." Em agosto, ele atacou os grupos militantes responsáveis por enfrentar Israel, afirmando que eles não estavam ajudando a luta por independência dos palestinos ao lançarem ataques quando parecia haver progressos.
No artigo de terça-feira, Hamad disse que a presença de homens armados em quase todas as ruas e o comparecimento deles a todas as manifestações populares havia feito nascer uma atmosfera de armas e violência prejudicial para os esforços de paz.

Disse ainda: "A violência sequestrou a linguagem da irmandade e substituiu pela das armas. Ela roubou nossa unidade e nos dividiu em dois, três, dez campos. Queremos rejeitar essa doença, esse câncer, que provocou danos a nossos cérebros e paralisou nossos corações". E finalizou, dizendo que a paz virá através do diálogo e não da violência.

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