O italiano naturalizado americano Mario R. Capecchi, de 70 anos, um dos vencedores do Nobel de medicina deste ano, coroa uma vida marcada pela superação. Com apenas quatro anos, ele foi separado de sua mãe judia e - levada pelos nazistas para o campo de concentração de Dachau. A partir daí, ele teve de viver em orfanatos ou como menino de rua, "a maior parte do tempo passando fome".A desnutrição acabou fazendo com que ele fosse parar num hospital, onde sua mãe finalmente o reencontrou quando ele tinha nove anos. Duas semanas depois, os dois partiram para os EUA, onde ele freqüentou a escola pela primeira vez. Entrou direto na terceira série, embora não soubesse inglês.Capecchi dividiu o prêmio deste ano com o britânico naturalizado americano Oliver Smithies, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, e com Martin J. Evans, britânico da Universidade de Cardiff. O trabalho do trio possibilitou o surgimento da técnica de "nocaute" de genes, que permite monitorar sua função no organismo de cobaias. O sistema ajuda a simular doenças humanas em camundongos e, assim, aprender exatamente quais as mudanças que elas causam no organismo.
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