segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Governo italiano diz que ofensiva israelense é "direito de defesa"

O chanceler italiano, Franco Frattini, afirmou em conversa telefônica com a chanceler israelense, Tzipi Livni, que a Itália reconhece o "direito de defesa" exercido por Tel Aviv em sua ofensiva militar na faixa de Gaza. "O governo italiano reitera a mais firme e decidida rejeição ao lançamento de mísseis Qassam por parte do Hamas, que rompeu unilateralmente a trégua", declarou neste domingo (28) o chanceler italiano em diálogo com Livni.

Livni respondeu que Israel "persegue objetivos mirados e circunscritos" e busca "limitar o máximo possível qualquer sofrimento para a população de Gaza".

Outros líderes políticos ligados ao governo italiano manifestaram nesta segunda-feira seu apoio às iniciativas militares israelenses em curso contra a faixa de Gaza.

Maurizio Gasparri, líder da coalizão governista Povo da Liberdade (PDL) no Senado, também convidou a comunidade internacional a "não ser hipócrita defendendo os terroristas do Hamas, do Hezbollah, do Irã, que desejam o extermínio de Israel".
"Israel tem plena razão. A luta contra o terrorismo e sua derrota são a única premissa para uma paz verdadeira", acrescentou o político italiano.

Casa Branca exige cessar-fogo de Hamas

A Casa Branca disse na segunda-feira que o Hamas precisa parar de lançar mísseis contra Israel e concordar com um cessar-fogo duradouro, depois que ataques aéreos contra Gaza mataram mais de 300 palestinos em três dias.
Os Estados Unidos não exigiram o fim dos ataques contra Gaza, que é controlada pelo Hamas, e pôs o ônus da responsabilidade pelo fim da violência na facção palestina, que é considerada uma organização terrorista por Washington.
"Os Estados Unidos entendem que Israel precisa tomar iniciativas para se defender", disse o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe, respondendo sobre as ações de Israel serem ou não justificadas.
Os Estados Unidos disseram que os ataques a mísseis do Hamas provocaram Israel, depois que o Hamas declarou o fim da trégua de seis meses com Israel em 19 de dezembro.
"O Hamas mais uma vez mostrou sua verdadeira face como uma organização terrorista que se recusa sequer a reconhecer o direito de Israel existir", disse Johndroe. "A fim de pôr fim à violência, o Hamas precisa parar de lançar mísseis contra Israel e concordar em respeitar um cessar-fogo sustentável e duradouro."

O Hamas, um movimento islâmico, vem confrontando os ataques israelenses, os mais violentos desde a guerra de 1967. Suas forças enviaram um salvo de mísseis contra a cidade Ashkelon, matando uma pessoa.

Merkel responsabiliza Hamas por retaliação de Israel

A chanceler alemã, Angela Merkel, responsabilizou o movimento terrorista palestino Hamas "sozinho" pela escalada de violência na Faixa de Gaza, e pediu aos palestinos que cessem o lançamento de foguetes Al Qassam sobre território israelense, o que já faziam desde a semana passada.
Para o Governo alemão "não há dúvida" da "legitimidade de Israel em defender seu próprio território", apontou Steg, quem conclamou ao Hamas a "cessar o lançamento de foguetes Al Qassam" se quiser acabar com os bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza.
O vice-porta-voz do Governo disse que o governo alemão está convencido que "Israel faz tudo o possível para evitar vítimas civis" nos bombardeios israelenses iniciados há três dias e que já custaram a vida de mais de 300 pessoas.

Objetivo de Israel é derrubar Hamas

O objetivo da ofensiva israelense na Faixa de Gaza é provocar a queda do regime do Hamas, afirmou nesta segunda-feira o vice-primeiro-ministro israelense, Haim Ramon, em declarações ao canal de televisão 10.
"O objetivo da operação é provocar a queda do regime do Hamas", declarou o número dois do governo israelense, assegurando que haverá um cessar-fogo imediato "se qualquer um, com exceção do Hamas, assumir a responsabilidade do governo em Gaza".
"Somos favoráveis a qualquer outro governo que substitua o Hamas", enfatizou.

incursão terrestre a Gaza depende do Hamas

O porta-voz do governo de Israel, Daniel Seaman, disse à Agência Efe que as autoridades do país acreditam "que não será necessária uma incursão terrestre" na Faixa de Gaza, mas que "isso depende apenas do Hamas". "Os próximos dias serão decisivos para que se comprove o fim dos ataques (do Hamas) a partir da Faixa de Gaza. Fomos embora de Gaza há três anos - em referência à evacuação israelense da região - e não queremos voltar", disse Seaman, que acrescentou: "mas faremos isso se necessário".
O porta-voz do governo israelense admitiu que uma incursão terrestre a Gaza - para a qual o governo israelense já mobilizou 6,5 mil reservistas - "é uma operação complicada".
O funcionário fez estas declarações em Sderot, a cidade de Israel mais próxima da Faixa de Gaza, território que se encontra cercado por centenas de tanques israelenses.
Na fronteira, a circulação de civis era permitida apenas nas estradas asfaltadas e nos principais núcleos urbanos.
A 500 m da passagem de Eretz, geralmente empregada para o tráfego de pessoas, cerca de 25 tanques se mantinham alinhados para eventuais ataques.